Carta aberta aos Directores de Museu que não aderem aos media sociais

“Eu não estou no Facebook e acho que não devemos perder tempo e dinheiro com esse tipo de coisas”. Esta foi a mensagem de um director de museu no final de uma apresentação que eu havia dado acerca de como a sua instituição deveria estar a usar os media sociais.

Eu já ouvi antes este tipo de coisas, e muitas vezes recebo emails de pessoas que trabalham em museus com directores ou gerentes que têm uma opinião semelhante, alguém que não entende o poder dos media sociais.

Portanto, para quem trabalha em museus e pensa que os media sociais não são importantes para o nosso sector, fique já a saber porque está enganado.

1. Só porque você não está no Facebook, não quer dizer que os seus visitantes não estão, por exemplo, pesquisas realizadas no Reino Unido mostram que 79% das pessoas têm uma participação activa nos sites de media social. A única maneira de saber se o Facebook, Twitter, YouTube ou até o seu próprio site interessam às suas audiências é perguntando-lhes.

2. Se perder algum tempo para dar uma vista de olhos nestes sites, é provável vir a descobrir que as pessoas estão a falar sobre o seu museu. Ao ignorar estes espaços de media social, está também a ignorar as opiniões do público local, as hipóteses de reagir e melhorar com base nos seus feedbacks.

3. Os Media Sociais podem ser uma excelente ferramenta de marketing. Enquanto a TATE faz publicidade intensiva e extensivamente, o Facebook é a segunda maior fonte de geração de tráfego para o seu site. São também muito mais baratos que uma campanha publicitária no Metro de Londres.

4. Os Media Sociais não devem ser vistos como uma ferramenta de Marketing. Estes sites e serviços têm o potencial de ajudar os museus de variadas maneiras, como por exemplo na investigação, angariação de fundos, co-criação de conteúdos e educação.

5. Os sites de Media Social como o Facebook e o Twitter constroem comunidades à volta de marcas, interesses e lugares. Estas podem ser plataformas poderosas para um museu criar e envolver-se com a sua própria comunidade.

6. Muitos profissionais de museus usam o Twitter, e esta plataforma de media social oferece a possibilidade para se conectar com outras pessoas do sector e para saber mais acerca das actividades das outras instituições.

7. Os media sociais oferecem, até mesmo às mais instituições de menores dimensões, a oportunidade de trabalhar com outras pessoas do sector para elevar o perfil dos museus e promover de várias formas, e em simultâneo, o que ofereceremos. Pesquise por #TemasCulturais para descobrir o que a comunidade do museu está a fazer nas redes sociais este mês.

8. Os media sociais permitem-lhe levar o seu público aos bastidores e conectar os membros desse público com os especialistas apaixonados que trabalham na sua instituição. Em Setembro de 2011, um evento chamado Ask a Curator gerou mais de 10000 mensagens no Twitter e a maioria das pessoas que colocou questões disse que pretendia visitar as instituições que tinham tido tempo para responder às suas perguntas.

9. Inúmeros museus e galerias estão usar estes sites com óptimos resultados; pergunte aos seus pares como os media sociais estão a mudar o modo como eles trabalham ou encaram a forma como usam o Twitter, o Facebook, o YouTube e o Flickr.

10. Experimente usar os media sociais, uma vez que não custam nada. É bem provável que você passe a achar as vibrantes comunidades de nicho encontradas

One Response to “Carta aberta aos Directores de Museu que não aderem aos media sociais”

  1. Em breve os diretores de museus de língua portuguesa terão mais um ambiente de divulgação e encontro com os visitantes: o Guia Mutz. Saibam mais em: http://empreendedorescriativos.com.br/participantes/ana-paula/

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